Foto: Mastrangeloi Reino/Folhapress |
Dois grupos, pró e contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), rivalizaram no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, na manhã deste sábado (9).
De um lado, manifestantes gritam que "ser heterossexual não é ser radical". Eles saem em defesa de Bolsonaro, autor de polêmicas declarações sobre homossexuais e negros.
Outro grupo pede: "Fascistas, morram". Trata-se de uma reação aos simpatizantes de Bolsonaro.
O clima entre os dois pólos espessou em vários momentos. De vez em quando, os gritos param e começa bate-boca entre manifestantes. Quase houve confronto, mas policiais impediram.
Segundo o capitão da PM (Polícia Militar) Accarini, foram encontradas armas (não de fogo) de ambos os lados.
A polícia levou sete defensores de Bolsonaro para a delegacia --seriam suspeitos de ter ficha de crimes de racismo. Alguns dos detidos traziam a palavra "skinhead" na camiseta.
'FORA KIT-GAY'
O grupo pró-Bolsonaro teve cerca de 40 pessoas (algumas mascaradas e de cabeça raspada) e, durante a manifestação, entoou algumas vezes o hino nacional. A certa altura, berravam: "Fora, kit-gay".
Também ostentaram faixas em que pedem "fora, Battisti" (contra o ex-militante da extrema-esquerda italiano).
Outras bandeiras do grupo: "Pelo direito de educar nossos filhos" e "defendendo a família". São pleitos que vão de encontro às posições de Bolsonaro, abertamente contra demandas como casamento gay e adoção de filhos por homossexuais.
O grupo anti-Bolsonaro foi mais numeroso: reuniu em torno de 70 pessoas. "Racistas, fascistas, não passarão" é um dos gritos de guerra.
Os cerca de 100 policiais presentes na área não impediram episódios pontuais de violência. Um manifestante do "time Bolsonaro" foi hostilizado por estar próximo ao grupo contrário ao deputado. Ele tomou um tapa ao tentar fugir. Seu agressor estava mascarado.
Entre os pró-Bolsonaro, foram apenas duas mulheres. Nenhum negro. Do outro lado, a divisão de gêneros foi maior, embora houvesse pouca participação de negros.
De megafone em mãos, um dos simpatizantes do parlamentar, Eduardo Thomaz, 29, pedia "direitos humanos para humanos direitos". Segundo ele, há respeito à democracia e nenhuma oposição à outra ala da manifestação.
Por volta das 12h30, ele ajudou a organizar a saída "em grupo, pacífica, sem provocações".
No mês passado, ao humorístico "CQC", Jair Bolsonaro respondeu à cantora Preta Gil como ele reagiria se seu filho se apaixonasse por uma negra.
"Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu."
No dia seguinte, o parlamentar disse que se confundiu: achou que a pergunta se referia a um hipotético caso homossexual de um de seus filhos, e não a um romance com uma mulher negra.
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De um lado, manifestantes gritam que "ser heterossexual não é ser radical". Eles saem em defesa de Bolsonaro, autor de polêmicas declarações sobre homossexuais e negros.
Outro grupo pede: "Fascistas, morram". Trata-se de uma reação aos simpatizantes de Bolsonaro.
O clima entre os dois pólos espessou em vários momentos. De vez em quando, os gritos param e começa bate-boca entre manifestantes. Quase houve confronto, mas policiais impediram.
Segundo o capitão da PM (Polícia Militar) Accarini, foram encontradas armas (não de fogo) de ambos os lados.
A polícia levou sete defensores de Bolsonaro para a delegacia --seriam suspeitos de ter ficha de crimes de racismo. Alguns dos detidos traziam a palavra "skinhead" na camiseta.
'FORA KIT-GAY'
O grupo pró-Bolsonaro teve cerca de 40 pessoas (algumas mascaradas e de cabeça raspada) e, durante a manifestação, entoou algumas vezes o hino nacional. A certa altura, berravam: "Fora, kit-gay".
Também ostentaram faixas em que pedem "fora, Battisti" (contra o ex-militante da extrema-esquerda italiano).
Outras bandeiras do grupo: "Pelo direito de educar nossos filhos" e "defendendo a família". São pleitos que vão de encontro às posições de Bolsonaro, abertamente contra demandas como casamento gay e adoção de filhos por homossexuais.
O grupo anti-Bolsonaro foi mais numeroso: reuniu em torno de 70 pessoas. "Racistas, fascistas, não passarão" é um dos gritos de guerra.
Os cerca de 100 policiais presentes na área não impediram episódios pontuais de violência. Um manifestante do "time Bolsonaro" foi hostilizado por estar próximo ao grupo contrário ao deputado. Ele tomou um tapa ao tentar fugir. Seu agressor estava mascarado.
Entre os pró-Bolsonaro, foram apenas duas mulheres. Nenhum negro. Do outro lado, a divisão de gêneros foi maior, embora houvesse pouca participação de negros.
De megafone em mãos, um dos simpatizantes do parlamentar, Eduardo Thomaz, 29, pedia "direitos humanos para humanos direitos". Segundo ele, há respeito à democracia e nenhuma oposição à outra ala da manifestação.
Por volta das 12h30, ele ajudou a organizar a saída "em grupo, pacífica, sem provocações".
POLÊMICA
"Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu."
No dia seguinte, o parlamentar disse que se confundiu: achou que a pergunta se referia a um hipotético caso homossexual de um de seus filhos, e não a um romance com uma mulher negra.
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