sábado, 15 de janeiro de 2011

Mínimo será de R$545 a partir de fevereiro, diz Mantega

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que o salário mínimo será de 545 reais a partir de 1o de fevereiro.
'Vale a partir de 1o de fevereiro,' disse Mantega a jornalistas após a primeira reunião ministerial com a presidente Dilma Rousseff.
O novo valor leva em conta a correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que elevaria o mínimo para 543 reais. O governo, no entanto, optou por arredondar a soma para 545 reais.
Mantega afirmou também que o governo deverá editar uma medida provisória estabelecendo o cálculo, que leva em conta a inflação acumulada no ano mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), para os reajustes do salário mínimo entre 2011 e 2015.
Na prática, a fórmula já vem sendo adotada pelo governo e, com a nova MP, o governo evita o desgaste de submeter ao Congresso, anualmente, a aprovação de um novo valor para o mínimo.
Outro ponto reivindicado pelas centrais sindicais, a correção da tabela do Imposto de Renda, não foi discutido no encontro, de acordo com Mantega.
Segundo o ministro, o eixo da reunião foi a adoção de medidas para garantir que a economia do país cresça a um ritmo superior nos próximos anos, esforço que incluirá redução de gastos públicos, incluindo os de custeio. Para isso, os ministérios foram orientados a fazer estudos de orçamento para identificar os possíveis alvos de cortes.
'Nesse período do governo Dilma, o que pretendemos fazer é consolidar esse desenvolvimento e levá-lo a um patamar mais elevado,' disse Mantega. 'A solidez fiscal é condição necessária para o país continuar crescendo.'
De acordo com Mantega, a aceleração da inflação nos últimos meses deriva de um aumento pontual dos preços de alimentos e essa tendência pode se estender por mais algum tempo, devido aos efeitos das fortes chuvas que atingem algumas regiões do país.
No entanto, ponderou, os demais preços, como os de manufaturados e os de serviços públicos, estão sob controle.
'A inflação de 2011 será menor que a de 2010. Estamos trabalhando com 5 por cento,' disse.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello, Hugo Bachega, Jeferson Ribeiro e Leonardo Goy)



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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dilma deve propor salário mínimo maior só em fevereiro

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff não deve apresentar já uma correção para a medida provisória que estipula o valor do salário mínimo, modificando o índice defasado usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reajustar o valor de 510 reais para 540 reais.
A decisão de não mandar um novo reajuste já, quando poderia arredondar o valor do salário mínimo para até 550 reais, como confidenciou à Reuters um ministro sob condição de anonimato, faz parte da estratégia de negociação com a base aliada no Congresso.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), revelou que as bancadas do partido no Congresso se reunirão com o governo para debater o mínimo na última semana de janeiro e daí fecharão uma posição e uma estratégia.
'Até lá (o início dos trabalhos do Congresso) não devemos esperar por alterações (no valor do salário mínimo estipulado por Lula)', afirmou Teixeira à Reuters.
Segundo o deputado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reunirá com a base aliada para apresentar os motivos do governo para evitar um reajuste maior do salário mínimo depois da eleição da mesa diretora da Câmara e do Senado. 'Tenho esse indicativo do governo', contou.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), reconheceu que 'é melhor esperar, porque se der um novo valor agora o Congresso vai dar mais'.
O líder do PDT, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que preside a Força Sindical, tem a mesma avaliação. 'Todo valor que ela divulgar agora fica queimado', afirmou.
O reajuste do mínimo é visto por investidores como um sinal importante em relação aos gastos públicos. No discurso, a equipe econômica do novo governo tem dito que os gastos serão contidos e os recursos melhor utilizados. Para o mercado, o reajuste do mínimo, que tem impacto sobre as contas da Previdência, pode ser um sinal mais concreto sobre a determinação do governo quanto ao equilíbrio fiscal.
ÍNDICE DEFASADO
Em 30 de dezembro, a medida provisória assinada por Lula usava como reajuste 5,88 por cento para o salário mínimo. Contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2010, usado no cálculo para o aumento, ainda não estava completamente apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O INPC fechado ficou em 6,47 por cento, o que elevaria o salário mínimo para 543 reais. Com isso, Dilma teria a possibilidade de arredondar o valor para 545 reais, ou até 550 para ganhar fôlego na negociação com as centrais sindicais.
PRESÃO SINDICAL
As centrais sindicais entregaram nesta quarta-feira ao ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, um manifesto em que reclamam da falta de negociação em torno do valor do salário mínimo e pedem uma audiência com a presidente para discutir o reajuste.
O silêncio de Dilma é que está irritando os sindicalistas. 'Ninguém consegue falar com ela. Ela pode até não querer falar conosco, mas tem que indicar alguém para negociar', reclamou Paulinho que levou o manifesto ao ministro. 'Todas as centrais apoiaram a Dilma', argumentou.
O parlamentar descarta ainda qualquer negociação por 550 reais. 'Nós queremos 580 reais, pode ser até menos, mas 550 reais de jeito nenhum', disse.
O debate sobre o salário mínimo também ficou contaminado na semana passada pela insatiinsatisfaçãofação do PMDB com o espaço e o tratamento que vinha recebendo dentro do governo. Foram necessárias várias reuniões entre Dilma, o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, Luiz Sérgio e o vice-presidente Michel Temer para que a relação se pacificasse.
Agora, o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, suavizou o discurso. 'Nós do governo temos que debater esse tema que sempre é explosivo. A equipe econômica deve ter números que mostram o impacto de um aumento maior no governo federal e nas prefeituras. Temos que conversar', afirmou nesta quarta à Reuters. Na semana passada, em tom de ameaça, Alves dizia que o governo precisava 'convencer a base aliada' do salário mínimo em 540 reais.
Do lado do governo, Palocci e Luiz Sérgio entraram em campo para pedir que os partidos aliados se manifestassem publicamente em favor do valor oferecido pelo governo. O PP chegou a divulgar uma nota nesta quarta informando que a bancada 'votará unida o valor estipulado pelo governo'.



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Centrais preparam ofensiva por correção da tabela do IR

Os sindicatos estão sendo orientados a provocar uma enxurrada de ações na Justiça a partir de terça-feira da próxima semana para garantir a correção da tabela do Imposto de Renda. O presidente da Força Sindical e líder do PDT na Câmara, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, afirmou que as centrais vão pedir a correção de 6,47% na tabela, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
"Demos o prazo até segunda-feira. Se não houver negociação, nós entraremos com uma enxurrada de ações em todos os tribunais regionais federais. Entendemos que isso (a não correção) é um confisco do salário dos trabalhadores", disse Paulinho. O deputado lembrou que durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso as centrais conseguiram vitória na Justiça em alguns casos.
O líder sindical e político reafirmou a disposição de defender um reajuste maior para o salário mínimo do que os R$ 540 fixados pelo governo, insistindo no valor de R$ 580. Paulinho disse que a revisão do valor pelo governo, incluindo a correção da inflação, não adianta. "Isso é muito pouco. Dá R$ 3. Não dá nem para tomar uma cachaça", comparou.
O deputado voltou sua mira para o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O governo está mal nessa história. Pôr o Mantega para falar com os trabalhadores não dá", afirmou, defendendo um outro interlocutor da presidente Dilma Rousseff para tratar com as centrais sindicais. O ministro avisou que o governo vetaria um aumento maior para o salário mínimo, caso os parlamentares aprovem um outro índice.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Centrais querem falar com Dilma sobre salário mínimo

Agencia Estado
As centrais sindicais prometem enviar ainda hoje um pedido urgente de audiência com a presidente Dilma Rousseff para discutir um aumento real que eleve o salário mínimo para R$ 580. Em reunião na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na capital paulista, lideranças das seis principais centrais voltaram a defender um reajuste de 13,7%, que levaria o mínimo para R$ 580. O governo elevou o valor de R$ 510 para R$ 540, com correção de 5,88%. A inflação acumulada desde o último reajuste, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), foi de 6,47%.
Na semana passada, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), protocolou emenda parlamentar que eleva o mínimo para R$ 580 (correção de 13,7%). A estratégia das centrais sindicais é abrir negociação tanto com o Palácio do Planalto como com o Congresso Nacional para tentar a aprovação de um valor maior e evitar um veto do Executivo.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse que as centrais enviarão cópias da solicitação de audiência para os ministérios do Planejamento, Trabalho e Casa Civil. A expectativa é de que o governo dê uma resposta até a próxima sexta-feira. "Queremos marcar uma audiência imediatamente porque nós queremos conversar sobre o assunto desde o ano passado", afirmou. As centrais sindicais farão uma manifestação, às 11 horas, do próximo dia 18, na Avenida Paulista, na capital paulista, para pressionar o governo sobre o mínimo.
Propostas
Na reunião com Dilma, as centrais sindicais pretendem apresentar duas outras propostas: 1) que 80% do reajuste dado ao mínimo seja repassado às aposentarias superiores ao piso; 2) e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 2010. De acordo com Antonio Neto, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a tabela está defasada.
Caso não se chegue a um acordo sobre o valor do mínimo com o governo federal, as centrais ameaçam entrar na Justiça. "Nós vamos ingressar com procedimentos jurídicos, coisa que, no passado, na época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nós obtivemos", ameaçou Patah.
"Num ano em que todas as categorias tiveram aumento real de salário, não ter um aumento real do salário mínimo está errado. E, na discussão eleitoral, quando foi colocada a proposta eleitoreira de R$ 600 para o mínimo a partir de janeiro, a presidente se comprometeu e disse para ficamos tranquilos porque o salário mínimo teria aumento real sim", disse o presidente da CGTB. "Então chegou a hora de nós conversarmos", acrescentou.
O encontro de hoje foi a primeira reunião do ano das centrais. Um novo encontro está marcado para sexta-feira, 14, na sede da Força Sindical. Também participaram do encontro representantes da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nova Central Sindical de Trabalhadores e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).




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Salário mínimo deveria ser de R$ 2.227,53, diz Dieese

SÃO PAULO - O salário mínimo pago no Brasil deveria ser de R$ 2.227,53, de acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Este valor, que leva em consideração o custo da cesta básica de alimentos em dezembro, é o mínimo necessário para atender às considerações presentes na Constituição no que se refere a alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, segundo a entidade.
O montante corresponde a 4,37 vezes o salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 510,00. Em dezembro de 2009, o mínimo foi estimado em R$ 1.995,91, o equivalente a 4,29 vezes o salário mínimo então em vigor, de R$ 465,00.
Para comprar a cesta básica de alimentos em São Paulo - capital onde os produtos são mais caros -, o consumidor teve de desembolsar R$ 265,15 em dezembro, o correspondente a 56,51% do salário mínimo líquido.
Em 1º de janeiro, o salário mínimo foi reajustado para R$ 540, porém o valor ainda poderá sofrer alteração. O assunto está em debate no Congresso Nacional. As centrais sindicais defendem um mínimo de R$ 580.

Novo salário mínimo está em vigor; patrões e empregados têm dúvidas

 

O salário mínimo já vale R$ 540. Tem de ser pago, no máximo, até 7 de fevereiro. No governo, o valor do mínimo opõe ministros.

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O novo salário mínimo já está em vigor e começaram as dúvidas: quem tem direito ao reajuste? O que diz a lei sobre os trabalhadores que não ganham salário mínimo? Em alguns casos, vale a livre negociação.
O diálogo, muitas vezes um acordo verbal, funciona muito bem. O novo mínimo já está em vigor – R$ 540 –, mas pode mudar. As centrais sindicais insistem num reajuste maior e tem o apoio do PMDB.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que é contra e que o governo veta um mínimo maior. Já o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse na segunda-feira (10) que o Congresso é soberano.
O salário mínimo já vale R$ 540. Tem de ser pago, no máximo, até 7 de fevereiro. Por lei, nenhum trabalhador pode receber menos que isso. O pequeno empresário Vini Goulart já está calculando quanto vai custar a folha de pagamento. “Eu tenho pessoas que ganham salário mínimo na empresa e tenho pessoas que ganham mais. Não sei se isso vai afetar também os salários deles”, indaga.
Se o salário do trabalhador tiver como referência o valor do mínimo, ele tem direito a receber um aumento agora. É o caso da empregada doméstica Edna dos Santos. Ela recebe o equivalente a dois mínimos. Foi assim que combinou com o patrão. “Não foi bem um contrato que a gente fez. A gente combinou e está ficando, cumpriu e está cumprindo”, disse.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho, quando não há qualquer relação com o salário mínimo, é interessante fazer um contrato por escrito definindo o mês e uma base para o reajuste.
“Vai valer o que está pactuado de forma escrita. Mas se as partes, patrão e empregado, tiverem algum acerto verbal, não escrito, também poderá ser reivindicado esse aumento com base em eventual acordo verbal que existe entre as partes”, afirma a procuradora do trabalho Marici Coelho Pereira.
Já Marilu Feitosa não tem não tem salário fixo. É diarista. Há três anos, ela aumenta o valor da faxina no mesmo mês em que o salário mínimo sobe. Os patrões até agora concordaram.
“Eu mesma tive essa ideia: todo ano todo mundo tem aumento do salário mínimo. Por que eu, que trabalho como diarista, não posso pedir um aumentozinho?”, disse a diarista Marilu Feitosa.
Para o trabalhador que não teve o reajuste, a primeira orientação do Ministério Público do Trabalho é tentar o diálogo com o empregador. Se não der certo, o sindicato da categoria é a segunda opção. Em último caso, o trabalhador deve mesmo recorrer à Justiça do Trabalho.


Centrais sindicais vão usar evento com Lula para pedir salário maior

Paulinho da Força (PDT), presidente da Força Sindicalm antecipou estratégia.
Planalto convocou reunião de 'despedida' para a tarde desta quarta-feira.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília
O deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse que as centrais sindicais pretendem utilizar uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convocada para esta quarta-feira (15) pelo Palácio do Planalto, para pedir ao presidente um salário mínimo maior do que o proposto pelo governo. Segundo o Planalto, o encontro está marcado para as 15h30.

Segundo Paulinho, as centrais sindicais foram convidadas para participar de um evento que seria uma espécie de “despedida” do presidente Lula. “É uma reunião para chorar”, resumiu o deputado.

O deputado, porém, já anunciou que vai usar a reunião para pedir um salário mínimo maior. Até agora, o Orçamento de 2011 prevê um salário mínimo de R$ 540 a partir de 1º de janeiro do próximo ano. As centrais, porém, querem R$ 580 e reclamam que não foi aberta uma negociação formal sobre o tema.
“Nós estamos esperando abrir as negociações e nós vamos aproveitar a reunião com o Lula para cobrar isso”, disse Paulinho.

O impasse sobre o valor do salário mínimo acontece por causa da fórmula que vem sendo usada para o aumento nos últimos anos. Por acordo entre o governo e as centrais, o salário mínimo é fixado com base no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e da inflação do ano anterior à entrada em vigor do novo piso.

O problema é que devido à crise financeira internacional o Brasil não teve crescimento do PIB em 2009. Por isso, em 2011 o salário mínimo deveria ser corrigido apenas pela inflação, o que o levaria para R$ 536,88, segundo os cálculos do governo. Por acordo na Comissão de Orçamento, porém, já se concordou em arredondar para R$ 540, mas a pressão ainda continua e nesta quarta-feira deverá chegar diretamente ao presidente da República.


Nos 31 anos do partido, PT restituirá a Lula título de presidente de honra

Presença de Dilma é 'provável', diz convite. Evento deve ter 200 convidados.
Dívida de R$ 27 milhões da campanha eleitoral limita comemoração.

O PT vai restituir ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva o título de presidente de honra da legenda no evento do próximo dia 10 de fevereiro, em Brasília, destinado a comemorar os 31 anos de fundação do partido.
A informação consta do convite enviado nesta segunda (10) pela direção petista aos deputados integrantes da bancada do partido na Câmara.
"Na ocasião o Diretório Nacional irá restituir ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o título de Presidente de Honra do Partido. É provável a presença da Presidente Dilma Rousseff no ato", diz o texto do convite.
O convite é assinado pelo presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. "Peço-lhe que reserve esta data em sua agenda”, solicita no convite o presidente do partido.
Com uma dívida de campanha de R$ 27 milhões, a previsão é de um evento enxuto. Após o ato em homenagem a Lula, está programado um coquetel para pouco mais de 200 convidados.
Além de Lula, o presidente nacional do PT espera contar com a presença da presidente Dilma Rousseff. “Não vai ter festa. Será apenas um ato político”, disse ao G1 um dos integrantes da bancada petista na Câmara.
O responsável por preparar a logística e reunir recursos para o evento é o secretário nacional de Finanças e Planejamento do partido, João Vaccari Neto.
Para economizar, o partido chegou a cogitar a possibilidade de realizar a comemoração na própria sede do PT. Diante da capacidade do plenário de 120 lugares, no entanto, a ideia foi abortada, e a direção petista procura outro lugar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A guerra que não terminou

Tivemos uma campanha eleitoral nos moldes das campanhas estadunidenses. Acumularam-se os crimes contra a honra, o assédio moral e o bullying em relação à então candidata Dilma Rousseff. Mentiras e calúnias foram repetidas de muitas formas: emails apócrifos que invadiam as caixas de entrada, telemarketing, panfletos distribuídos nas ruas, nas portas das igrejas ou colocados nas caixas de cartas, matérias e reportagens mentirosas e tendenciosa na mídia.

Não me consta que se tenha ingressado com alguma ação em Juízo contra essa violenta campanha difamatória. Ou que algum órgão da Justiça Eleitoral tenha visto nesses fatos um gravíssimo crime eleitoral - já que por meio da propaganda, evidentemente financiada por grupos políticos,se alterava a percepção do eleitorado - e agido para coibir o crime.

Em todo o país foi sentida uma escalada de violência em decorrência desses fatos. No Ceará, houve o assassinato de um rapaz que fazia a campanha da Dilma. Houve o relato de uma criança agredida por coleguinhas numa escola particular em São Paulo. A partir daí, aos sussurros, ouvia-se falar em clima conflituado, especialmente entre crianças e jovens, em função do que ouviam em casa dos pais, contrários à eleição de Dilma.

É ilusão pensar que a campanha difamatória terminou. Prosseguem os emails apócrifos, as ações de grupos e instituições de direita e os ataques pela mídia. Os episódios estão se seguindo. Até o momento, não se sabe de qualquer processo ou decisão de órgãos do Judiciário a respeito. E está havendo uma forte pressão na mídia em geral e nos comentários em blogs para se considerar que punir crimes na web é atentar contra a liberdade de expressão. A Deusa Liberdade de Expressão está com mais IBOPE que o Estado de Direito. À essa Deusa tudo é permitido e tolerado. Até o dia em que o feitiço se vire contra o feiticeiro e contra todo o país.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Centrais sindicais retomam pressão por mínimo de R$ 580 na próxima semana

Na próxima segunda-feira (10), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical retomam as atividades após o recesso de Natal e Ano Novo e vão iniciar pressão sobre o governo para que o novo salário mínimo seja de R$ 580.
Por enquanto, o valor é de R$ 540, conforme previsto no Orçamento de 2011 e estabelecido na Medida Provisória nº 516, baixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no penúltimo dia de mandato (30/12).
O governo federal pondera que valores acima de R$ 540 têm forte efeito sobre as contas públicas. O cálculo é que cada R$ 1 no salário mínimo tem impacto de R$ 249,3 milhões ao ano. O salário mínimo é a referência de quase 70% das aposentadorias e pensões pagas pela Previdência Social, além dos gastos de assistência social, como a renda mensal vitalícia e os benefícios de prestação continuada.
“A argumentação do governo considera essas despesas sempre como gasto, mas para nós é investimento. Há retorno disso no pagamento de impostos”, ressalta o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. “O impacto do aumento acaba se dissolvendo ao longo do ano”, afirma Quintino Severo, secretário-geral da CUT
Conforme nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 47 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo. Só o aumento de R$ 30 em relação ao valor do ano passado (de R$ 510 para R$ 540) pode gerar R$ 18 bilhões de incremento de renda na economia e R$ 8,8 bilhões a mais na arrecadação tributária sobre o consumo. Nas contas do Dieese, o valor de R$ 540 garante a compra de 2,04 cestas básicas (0,2 abaixo do ano passado).
As centrais, segundo informaram à Agência Brasil, preferem negociar o novo mínimo dentro do governo e podem aceitar um valor intermediário. “Quem negocia sabe dos limites”, disse Quintino Severo (CUT). O representante da central avalia que a negociação no Poder Executivo é mais eficaz do que no Congresso. “Não vai ficar no jogo de empurra-empurra”.
Alysson de Sá Alves, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), pondera que para negociar com o Congresso, as centrais teriam que esperar até 2 de fevereiro, quando começa a nova legislatura, o que seria arriscado porque o mínimo de R$ 540 já está em vigor. Para ele, alguns parlamentares têm sinalizado com valores maiores de R$ 540 para pressionar o governo por cargos (PMDB) e para marcar posição (PSDB). “Isso é discurso para a plateia. O assunto tem apelo social e gera repercussão na mídia”, avaliou.
De acordo com o Diap, o futuro Congresso dará uma maioria mais estável ao novo governo do que tinha o governo Lula, mas isso não se traduz em adesão à agenda dos trabalhadores. Segundo o departamento, um terço dos senadores (27) e 273 deputados, do total de 513, é formado por empresários. Segundo Alysson de Sá Alves, com essa composição será difícil tramitar outras matérias de interesse dos trabalhadores, como a diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, propostas pela CUT e Força Sindical.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

AQUI, ALGUMAS PÉROLAS DE R.H

Bom dia senhores.....
A unica exigencia aos candidatos é nivel superior!!!!Mais pode ser de faculdade paga, com aqueles cursinhos de dois anos mesmo!!!


Entrevistador - Então, você está construindo um networking?
Candidato - Veja bem, eu não sou engenheiro, sou administrador.


Entrevistador - Como você administra a pressão?
Candidato - Ah, tranquilo. 11 por 7, no máximo 12 por 8.


Entrevistador - Manter sempre o foco é muito importante. E me parece que você tem alguns lapsos de concentração.
Candidato - O senhor poderia repetir a pergunta?

Entrevistador - Como você se sente trabalhando em equipe?
Candidato - Bom, desde que não tenha gente dando palpite, me sinto muito bem.

Entrevistador - Como você se definiria em termos de flexibilidade?
Candidato - Ah, eu faço academia. Sou capaz de encostar o cotovelo na nuca.


Entrevistador - Nós somos uma empresa que nunca pára de perseguir objetivos.
Candidato - Que ótimo. E já conseguiram prender algum?

Entrevistador - Vejo que você demonstra uma tendência para discordar.
Candidato - Muito pelo contrário.

Entrevistador - Em sua opinião, quais seriam os atri butos de um bom líder?
Candidato - Ah, são várias coisas. Mas a principal é ter liderança.

Entrevistador - Noto que você não mencionou a sua idade aqui no currículo.
Candidato - É que eu uso óculos, e isso me faz parecer mais velho.

Entrevistador - E qual é a sua idade?
Candidato - Com óculos ou sem óculos?

Entrevistador - Quais seriam seus pontos fracos?
Candidato - Ah, é o joelho. Até tive de parar de jogar futebol.

Entrevistador - Há alguma pergunta que voc ê queria me fazer?
Candidato - Eu parei meu carro lá na rua. Será que eu vou ser multado?

Entrevistador - Por que, dentre tantos candidatos, nós deveríamos contratá-lo?
Candidato - Eu pensei que responder a isto fosse seu trabalho.


Entrevistador - Como você pode contribuir para melhorar nosso ambiente de trabalho?Candidato - Bem, eu começaria trocando a recepcionista, que é muito feia.

Entrevistador - Várias pessoas que se sentaram aí nessa mesma cadeira hoje são gerentes.
Candidato - Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saberdisso.

Entrevistador - Quando digo 'Sucesso', qual a primeira palavr a que lhe vem à mente?
Candidato - Pode ser duas palavras?
Entrevistador - Pode.
Candidato - Milho. Nário. (essa matou!)