segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Transporte coletivo de Bauru

Um trabalhador do comércio acorda bem cedo.

Ele mora num bairro distante do centro.

Ele recebe vale transporte, contudo ao chegar no ponto, ele se dá conta que se esqueceu do cartão.  Depois de cerca de 20 min.

 De atraso do ônibus, já todo molhado, já que a única idenficação do ponto é um poste de madeira todo cercado por mato, sem nenhum tipo de proteção contra a chuva, ele se lembra que pagará mais pelo mesmo trajeto, pois não está com seu cartão.

Se lembra das propagandas da transurb que poderia comprar o cartão em qualquer lugar da cidade, mas em seu bairro não existe nenhum ponto de venda. 

O ônibus está cheio e não há cobrador, por isso o atraso. Em cada parada o motorista foi obrigado a fazer inúmeros trocos.  No horário de pico, este usuário percebeu que o motorista foi obrigado a fazer o troco com o ônibus em movimento. Atenção ao embarque e desembarque de idosos, crianças e deficientes é uma prática impossível sem o cobrador.

Embarca e é obrigado a pagar mais pelo mesmo trajeto, pelo mesmo serviço. Sinceramente, vcs acham que isto está correto?

Eu não vou perder meu tempo expondo aqui os argumentos das empresas. São elas que devem fazer isso.

Estamos no verão, tempo inconstante e durante o dia abre-se a lua de Bauru e o sol aparece sem piedade. È horário de Verão.

Para retornar, o sofrimento começa tudo de novo. Não há chuva, mas o sol castiga sem dó e na Av. Rodrigues Alves ele é obrigado a se abrigar na sombra de um poste. Com ele outros usuários, formando uma pequena fila em busca de proteção e um pouquinho de conforto.

Ao embarcar mais uma super tarifa, mais descasos, mais super lotação, mais ruas esburacadas, mais desrespeito aos seus direitos de cidadão.

Até quando, até quando a sociedade organizada da nossa cidade vai aceitar este descaso? Até quando estes trabalhadores vão ser humilhados diariamente sem que nada mude. Nada aconteça.

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